O Conhecimento de Deus
“Conheçamos
e prossigamos em conhecer ao Senhor”.
INTRODUÇÃO:- A maior fraqueza na igreja hoje
é uma falta do conhecimento de Deus. Muitos são como os samaritanos, de quem
Jesus disse: “Vós adorais o que não sabeis;” (João 4:22). João
17:3 mostra a importância de conhecer a Deus: “E a vida eterna é esta:
que te conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem
enviaste”. O que poderia ser mais importante que isso?
Todavia,
a palavra da profecia é verdadeira hoje: “O meu povo foi destruído,
porque lhe faltou o conhecimento” (Oséias 4:6). Era do
conhecimento de Deus do que o povo de Deus carecia nos dias dessa profecia. O
versículo 1 deixa isso claro: “Na terra não há verdade, nem benignidade,
nem conhecimento de Deus”. Como isso é verdadeiro hoje de novo!
Nos dias
de Oséias, a igreja tinha rejeitado o conhecimento. Especialmente os
sacerdotes, seus líderes espirituais, tinham rejeitado o conhecimento e
esquecido a lei de Deus. Assim, Deus ameaçou esquecer seus filhos e tornar a
honra deles em vergonha (v. 6, 7). Se ao menos a igreja de hoje ouvisse essa
Palavra de Deus, e visse que Deus está trazendo esses julgamentos sobre ela
também! Oh! se a igreja retornasse ao Senhor e fosse curada!
SOBRE O
CONHECIMENTO HUMANO
Conhecimento
é o ato ou efeito de abstrair ideia ou noção de alguma coisa, como por exemplo:
conhecimento das leis; conhecimento de um fato (obter informação); conhecimento
de um documento; termo de recibo ou nota em que se declara o aceite de um
produto ou serviço; saber, instrução ou cabedal científico (homem com grande
conhecimento).
O tema
"conhecimento" inclui, mas não está limitado a, descrições,
hipóteses, conceitos, teorias, princípios e procedimentos que são úteis ou
verdadeiros. O estudo do conhecimento é a gnosiologia. Hoje existem vários
conceitos para esta palavra e é de ampla compreensão que conhecimento é aquilo
que se sabe de algo ou alguém. Isso em um conceito menos específico.
O
conhecimento pode ainda ser aprendido como um processo ou como um produto.
Quando nos referimos a uma acumulação de teorias, ideias e conceitos o
conhecimento surge como um produto resultante dessas aprendizagens, mas como
todo produto é indissociável de um processo, podemos então olhar o conhecimento
como uma atividade intelectual através da qual é feita a apreensão de algo
exterior à pessoa.
A
definição clássica de conhecimento, originada em Platão, diz que ele consiste
de crença verdadeira e justificada.
Aristóteles
divide o conhecimento em três áreas: científica, prática e técnica.
Além dos
conceitos aristotélico e platônico, o conhecimento pode ser classificado em uma
série de designações / categorias:
Conhecimento
sensorial: É o conhecimento comum entre seres humanos e animais. Obtido a
partir de nossas experiências sensitivas e fisiológicas (tato, visão, olfato,
audição e paladar).
Conhecimento
intelectual: Esta categoria é exclusiva ao ser humano; trata-se de um
raciocínio mais elaborado do que a mera comunicação entre corpo e ambiente.
Aqui já pressupõe-se um pensamento, uma lógica.
Conhecimento
vulgar/popular: É a forma de conhecimento do tradicional (hereditário), da
cultura, do senso comum, sem compromisso com uma apuração ou análise
metodológica. Não pressupõe reflexão, é uma forma de apreensão passiva,
acrítica e que, além de subjetiva, é superficial.
Conhecimento
científico: Preza pela apuração e constatação. Busca por leis e sistemas, no
intuito de explicar de modo racional aquilo que se está observando. Não se
contenta com explicações sem provas concretas; seus alicerces estão na
metodologia e na racionalidade. Análises são fundamentais no processo de construção
e síntese que o permeia, isso, aliado às suas demais características, faz do
conhecimento científico quase uma antítese do popular.
Conhecimento
filosófico: Mais ligado à construção de ideias e conceitos. Busca as verdades
do mundo por meio da indagação e do debate; do filosofar. Portanto, de certo
modo assemelha-se ao conhecimento científico - por valer-se de uma metodologia
experimental -, mas dele distancia-se por tratar de questões imensuráveis,
metafísicas. A partir da razão do homem, o conhecimento filosófico prioriza seu
olhar sobre a condição humana.
Conhecimento
intuitivo: Inato ao ser humano, o conhecimento intuitivo diz respeito à
subjetividade. Às nossas percepções do mundo exterior e à racionalidade humana.
Manifesta-se de maneira concreta quando, por exemplo, tem-se uma epifania.
Conhecimento
teológico: Conhecimento adquirido a partir da fé teológica, é fruto da
revelação da divindade. A finalidade do teólogo é provar a existência de Deus e
que os textos bíblicos foram escritos mediante inspiração Divina, devendo por
isso ser realmente aceitos como verdades absolutas e incontestáveis. A fé pode
basear-se em experiências espirituais, históricas, arqueológicas e coletivas
que lhe dão sustentação.
O
conhecimento teológico, como acima enunciado é fruto da revelação, o que
transcende a todas as outras formas pelas quais chegamos a conhecer as coisas,
não necessitando nós, nesses casos, da concordância com a percepção dos
sentidos ou com os raciocínios da razão.
SOBRE O
CONHECIMENTO DE DEUS
1 – Nós
de fato conhecemos a Deus?
Creio que
não é a resposta que todos devemos dar. Por Quê? Porque o nosso conhecimento de
Deus pode ser classificado como conhecimento superficial. Deus é espírito,
portanto as várias formas de conhecimento apresentadas como: conhecimento
sensorial, intelectual, vulgar/popular, científico, filosófico e intuitivo, não
podem nos mostrar o Deus todo poderoso. A única forma que o homem tem pra
conhecer a Deus é através da revelação dada pelo próprio Deus. Não se consegue
conhecer a Deus através de meios humanos, isto todos nós que conhecemos a
palavra sagrada sabemos. Tampouco se pode conhecer a Deus, sem ter tido a
experiência do novo nascimento, pois o próprio apostolo Paulo diz que o homem
natural não pode compreender as coisas do espírito. (1Corintíos 2.6-16).
2 – Quem
é este Deus que não conhecemos?
Os
atributos de Deus
Atributos
são características pessoais – tais como cor dos olhos, tipo de personalidade,
e coisas semelhantes. Os atributos de Deus são sua unidade, espiritualidade,
soberania, graça bondade e todas as outras palavras que são usadas na Escritura
para nos dizer quem ele é.
Quando
falamos dos atributos de Deus, portanto, estamos descrevendo ele, sua glória e
as coisas que ele revelou de si mesmo em sua Palavra. Por meio desses
atributos, conhecemos quem e o que ele é.
Nunca
devemos pensar que os atributos de Deus são apenas uma questão de debate
e discussão teológica. Eles são vitalmente importantes para nós. A
Escritura mostra isso pelas diferentes palavras que usa para descrever os
atributos de Deus.
No Salmo
89:5, a Escritura fala dos atributos de Deus como suas maravilhas.
Seus atributos, em outras palavras, nos relevam quão grande e maravilhoso
Deus é, e nos faz permanecer diante dele em admiração e assombro.
O Salmo
78:4 chama os atributos de Deus de os seus louvores. Dessa palavra aprendemos a
razão para a revelação de seus atributos: para que possamos louvá-lo e adorá-lo
para sempre. Se a igreja hoje não honra a Deus como deveria, isso é somente porque
ela não o conhece como deveria.
O Salmo
78 também diz que é por meio do conhecimento dos atributos de Deus que
as gerações vindouras colocarão sua esperança em Deus, e não esquecerão
suas obras, mas guardarão os seus mandamentos (v. 4-8). Possa Deus conceder
tais gerações à Igreja, restaurando nas igrejas o conhecimento de Deus e
especialmente dos seus atributos.
- Atributos incomunicáveis
- Aseidade;
- Imutabilidade;
- Infinitude;
- Eternidade (Infinitude
aplicada ao tempo);
- Imensidão (Infinitude
aplicada ao espaço);
- Simplicidade;
- Onipotência;
- Onipresença;
- Onisciência.
- Atributos comunicáveis
- Conhecimento;
- Bondade;
- Amor;
- Santidade;
- Justiça;
- Verdade;
- Soberania;
- Vontade.
OS
ATRIBUTOS MORAIS DE DEUS (comunicáveis, ou seja, que podem ser estendidos ao ser humano)
1-BONDADE
DE DEUS. Esta
geralmente é tratada como uma concepção genérica, incluindo diversas variedades
que se distinguem de acordo com os seus objetos. Não se deve confundir a
bondade de Deus com Sua benevolência, que é um conceito mais restrito. Falamos que
uma coisa é boa quando ela corresponde em todas as suas partes ao ideal. Daí,
em nossa atribuição de bondade de Deus, a ideia fundamental é que Ele é, em
todos os aspectos e por todos os modos, tudo aquilo que deve ser como Deus, e,
portanto, corresponde perfeitamente ao ideal expresso pela palavra “Deus”.
Ele é bom na acepção metafísica da palavra, é perfeição absoluta e felicidade
perfeita em Si esmo. É neste sentido que Jesus disse ao homem de posição: “Ninguém
é bom senão um só, que é Deus”, Mc 10.18; Lc 18.18, 19.
Mas,
desde que Deus é bom em Si mesmo, é também bom para as Suas criaturas e,
portanto, pode ser chamado a fons omnium bonorum. Ele é a fonte de todo bem, e
assim é apresentado de várias maneiras na Bíblia toda. O poeta canta: “Pois
em ti está o manancial da vida; na tua luz vemos a luz”, Sl, 36.9.
Todas as boas coisas que as criaturas fruem no presente e esperam no futuro,
fluem para elas deste manancial inexaurível. E não somente isso, mas Deus é
também o summum bonum, o sumo bem, para todas as Suas criaturas, embora em
diferentes graus e na medida em que correspondem ao propósito da sua
existência. Na presente conexão, naturalmente damos ênfase à bondade ética de
Deus e a seus diferentes aspectos, como determinados pela natureza dos seus objetos.
a. A
bondade de Deus para com Suas criaturas em geral. Esta pode ser definida como a
perfeição de Deus que O leva a tratar benévola e generosamente todas as Suas
criaturas. É a afeição que o Criador sente para com as Suas criaturas dotadas
de sensibilidade consciente como tais. O salmista a exalta com as bem
conhecidas palavras: “O Senhor é bom para todos, e as suas ternas
misericórdias permeiam todas as suas obras... Em ti esperam os olhos de todos,
e tu, a seu tempo, lhes dás o alimento. Abres a tua mão e satisfazes de
benevolência a todo vivente”, Sl 145.9, 15, 16. Este benévolo interesse
de Deus é revelado em Seu cuidado pelo bem-estar da criatura e corresponde à
natureza e às circunstâncias da criatura. Varia naturalmente em grau, de acordo
com a capacidade que os seus objetos têm de recebê-lo. E embora não se
restrinja aos crentes, somente estes manifestam apropriada apreciação das
bênçãos que dela provêm, desejo de usá-las no serviço do seu Deus e, assim,
desfrutam-na em medida mais rica e mais completa. A Bíblia refere-se a esta
bondade de Deus em muitas passagens, como Sl 36.6; 104.21; Mt, 5.45; 6.26; Lc
6.35; At 14.17.
b. O amor
de Deus. Quando a
bondade de Deus é exercida para com as Suas criaturas racionais, assume o
caráter mais elevado de amor, e ainda se pode distinguir este amor de acordo
com os objetos aos quais se limita. Em distinção da bondade de Deus em geral, o
Seu amor pode ser definido como a perfeição de Deus pela qual Ele é movido
eternamente à Sua própria comunicação. Desde que Deus é absolutamente bom em Si
mesmo, Seu amor não pode achar completa satisfação em nenhum objeto falto de
perfeição absoluta. Ele ama as Suas criaturas racionais por amor a Si mesmo,
ou, para expressá-lo doutra forma, neles Ele se ama a Si mesmo, Suas virtudes,
Sua obra e Seus dons. Ele nem mesmo retira completamente o Seu amor do pecador
em seu estado pecaminoso atual, apesar de que o pecado deste é uma abominação
para Ele, visto que, mesmo no pecador, Ele reconhece um portador da Sua imagem.
Jo 3.16; Mt 5.44, 45. Ao mesmo tempo, Ele ama os crentes com amor especial,
dado que os vê como Seus filhos espirituais em Cristo. É a estes que Ele se
comunica no sentido mais rico e mais completo, com toda a plenitude da Sua
graça e misericórdia. Jo 16.27; Rm 5.8; 1 Jo 3.1.
c. A
graça de Deus. A
significativa palavra “graça” é uma tradução do termo hebraico chanan e
do grego charis. Segundo a Escritura, é manifestada não só por Deus, mas também
pelos homens, caso em que denota o favor de um homem a outro, Gn 33.8, 10, 18;
39.4; 47.25; Rt 2.2; 1 Sm 1.18; 16.22. Nestes casos não implica necessariamente
que o favor é imerecido. Em geral se pode dizer, porém, que a graça é a
concessão de bondade a alguém que não tem nenhum direito a ela. É este
particularmente o caso em que a graça a que se faz referência é a graça de
Deus. Seu amor ao ser humano é sempre imerecido e, quando mostrado a pecadores,
estes são até privados dele. A Bíblia geralmente emprega apalavra para indicar
a imerecida bondade ou amor de Deus aos que perderam o direito a ela e, por
natureza, estão sob a sentença de condenação. A graça de Deus é a fonte de
todas as bênçãos espirituais concedidas aos pecadores. Como tal, lemos a seu
respeito em Ef 1. 6.7; 2.7-9; Tt 2.11; 3.4-7. Embora a Bíblia fale muitas vezes
da graça de Deus como graça salvadora, também faz menção dela num sentido mais
amplo, como em Is 26.10; Jr 16.13. A graça de Deus é da maior significação
prática para os pecadores. É pela graça que o caminho da redenção foi aberto
para eles, Rm 3.24; 2 Co 8.9, e que a mensagem da redenção foi levada ao mundo,
At 14.3. pela graça os pecadores recebem o dom de Deus em Jesus Cristo, At
18.27; Ef 2.8. Pela graça eles são justificados, Rm 3.24; 4.16; Tt 3.7, são
enriquecidos de bênçãos espirituais, Jo 1,16; 2 Co 8.9; 2 Ts 2.16, e finalmente
herdam a salvação, Ef 2.8; Tt 2.11. Vendo-se absolutamente sem méritos próprios
ficam na total dependência da graça de Deus em Cristo. No modernismo teológico,
com sua crença na bondade inerente do homem e em sua capacidade de bastar-se a
si próprio, a doutrina da salvação pela graça tornou-se praticamente um “acorde
perdido”, e mesmo a palavra “graça” foi esvaziada de toda significação
espiritual e desapareceu dos discursos religiosos. Só foi conservada no sentido
de “graciosidade”, coisa inteiramente externa. Felizmente há algumas
evidências de uma renovada ênfase ao pecado, e de uma recém-despertada
consciência da necessidade da graça divina.
d. A
misericórdia de Deus. Outro
importante aspecto da bondade e amor de Deus é a Sua misericórdia ou terna
compaixão. A palavra hebraica mais geralmente empregada para esta perfeição é
chesed. Há outra palavra, porém, que expressa uma terna e profunda compaixão, a
saber, a palavra racham, às vezes lindamente traduzida por “terna
misericórdia”. A Septuaginta e o Novo Testamento empregam a palavra grega eleos para designar a misericórdia de
Deus. Se a graça de Deus vê o homem como culpado diante de Deus e, portanto,
necessitado de perdão, a misericórdia de Deus o vê como um ser que está
suportando as consequências do pecado, que se acha em lastimável condição, e
que, portanto, necessita do socorro divino. Pode-se definir a misericórdia
divina como a bondade ou amor de Deus demonstrado para com os que se acham na
miséria ou na desgraça, independentemente dos seus méritos.
Em Sua
misericórdia Deus se revela um Deus compassivo, que tem pena dos que se acham
na miséria e está sempre pronto a aliviar a sua desgraça. Esta misericórdia é
generosa, Dt 5.10; Sl 57.10; 86.5, e os poetas de Israel se dedicam em entoar
canções descrevendo-a como duradoura e eterna, 1 Cr 16.34; 2 Cr 7.6; Sl 136; Ed
3.11. No Novo Testamento é muitas vezes mencionada ao lado da graça de Deus,
especialmente nas saudações, 1 Tm 1.2; 2 Tm 1.1; Tt 1.4. Repetidamente se nos
diz que essa perfeição divina é demonstrada para com os que temem a Deus, ex
20.2; Dt 7.9; Sl 86.5; Lc 1.50. Não significa, porém, que se limita a eles,
conquanto a desfrutem em medida especial. As ternas misericórdias de Deus estão
sobre todas as Suas obras, Sl 145.9, e até os que não O temem compartilham
delas, Ez 18.23, 32; 33.11; Lc 6.35, 36. Não se pode apresentar a misericórdia
de Deus como oposta à Sua justiça. Ela é exercida somente em harmonia com a
mais estrita justiça de Deus, em vista dos méritos de Jesus Cristo. Outros
termos empregados para expressar a misericórdia de Deus são “piedade”,
“compaixão”, “benignidade”.
e. A
longanimidade de Deus. A longanimidade de Deus é ainda outro aspecto da Sua grande bondade ou
amor. O hebraico emprega a expressão ‘erek ‘aph, que significa literalmente
“grande de rosto” e daí também “lento para a ira”, enquanto que o grego
expressa a mesma ideia com a palavra makrothymia. É o aspecto da bondade ou
amor de Deus em virtude do qual Ele tolera os rebeldes e maus, a despeito da
sua prolongada desobediência. No exercício deste atributo o pecador é visto
como permanecendo em pecado, não obstante as admoestações e advertências que
lhe vêm. Revela-se no adiantamento do merecido julgamento. A Escritura fala da
longanimidade de Deus em Êx 34.6; Sl 86.15; Rm 2.4; 1 Pe 3.20; 2 Pe 3.15. Um
termo sinônimo, com uma conotação ligeiramente diversa, é a palavra “paciência”.
2. A
SANTIDADE DE DEUS. A palavra
hebraica para “ser santo”, qadash, deriva da raiz qad, que significa
cortar ou separar. É uma das palavras religiosas mais proeminentes do Velho
Testamento, e é aplicada primariamente a Deus. A mesma ideia é comunicada pelas
palavras hagiazo e hagios, no Novo Testamento. Disto já se vê que não é correto
pensar na santidade primariamente como uma qualidade moral ou religiosa, como
geralmente se faz. Sua ideia fundamental é a de uma posição ou relação
existente entre Deus e uma pessoa ou coisa.
a. Sua natureza. A ideia
escriturística da santidade de Deus é dupla. Em sentido original denota que Ele
é absolutamente distinto de todas as Suas criaturas, e é exaltado acima delas
em majestade infinita. Assim entendida, a santidade de Deus é um dos Seus
atributos transcendentais e às vezes é mencionada como a Sua perfeição central
e suprema. Não parece próprio falar de um atributo de Deus como sendo mais
central e mais fundamental que outro; mas, se fosse permissível isto, a ênfase
da Escritura à santidade de Deus pareceria justificar a sua escolha. Contudo, é
evidente que, neste sentido da palavra, a santidade não é realmente um atributo
moral, que possa ser coordenado com outros, como o amor, a graça e a
misericórdia, mas é antes uma coisa de amplitude igual à de todos os predicados
de Deus e a eles aplicável. Ele é santo em tudo aquilo que O revela, em Sua
graça e bondade como também em Sua ira e justiça. Pode-se lhe chamar “majestade-santidade”
de Deus e passagens como ex 15.11; 1 Sm 2.2; Is 57.15 e Os 11.9 se referem a
ela. É a santidade de Deus que Otto, em sua importante obra sobre o Santo (Das
Heilige), considera como aquilo que é mais essencial em Deus, e que ele designa
como “o numinoso”. Ele a considera como parte do não-racional em Deus,
em que não se pode pensar conceitualmente, e que inclui ideias como “inacessibilidade
absoluta” e “domínio absoluto” ou “majestade temível”.
Desperta no homem um sentimento de nulidade absoluta, uma “consciência” ou
“sentimento de condição de criatura” que leva a um auto rebaixamento absoluto.
Mas a
santidade de Deus tem também um aspecto especificamente ético na Escritura, e é
neste seu aspecto que estamos mais interessados nesta conexão. A ideia ética da
santidade divina não pode ser dissociada da ideia da majestade-santidade de
Deus. Aquela se desenvolve a partir desta. A ideia fundamental da santidade
ética de Deus também é a de separação, mas, neste caso, a separação é do mal
moral, isto é, do pecado. Em virtude da sua santidade, Deus não pode ter
comunhão com o pecado, Jô 34.10; Hc 1.13. Empregada neste sentido, a palavra “santidade”
indica a pureza majestosa de Deus, ou a Sua majestade ética. Mas a ideia de
santidade não é meramente negativa (separação do pecado); tem igualmente um
conteúdo positivo, a saber, o de excelência moral, ou perfeição ética. Se o
homem reage à santidade majestosa de Deus com um sentimento de completa
insignificância e temor, sua reação à santidade ética revela-se num senso de
impureza, numa consciência de pecado, Is 6.5. Otto reconhece também este
elemento na santidade de Deus, embora acentue o outro, e a respeito da resposta
ele diz: “O simples temor, a simples necessidade de refúgio face ao
‘tremendum’, elevou-se aqui ao sentimento de que o homem, em sua condição de
‘profano’, não é digno de ficar na presença do Santo, e de que a sua inteira
indignidade pessoal poderia contaminar até mesmo a própria santidade”. Esta
santidade ética de Deus pode ser definida como a perfeição de Deus, em virtude
da qual Ele eternamente quer manter e mantém a Sua excelência moral, aborrece o
pecado, e exige pureza moral em Suas criaturas.
b. Sua manifestação. A
santidade de Deus é revelada na lei moral implantada no coração do homem e que
fala por meio da consciência e, mais particularmente, na revelação especial de
Deus. Se expressa pro eminentemente na lei dada a Israel. Essa lei, em todos os
seus aspectos, foi planejada para imprimir em Israel a ideia da santidade de
Deus, e para levá-lo a sentir fortemente a necessidade de levar vida santa. A
este propósito atendem símbolos e tipos como a nação, a terra santa, a cidade
santa, o lugar santo e o sacerdócio santo. Além disso, foi revelada na maneira
como Deus recompensava a observância da lei e visitava os transgressores com
terríveis punições. A suprema revelação da santidade de Deus foi dada em Jesus
Cristo, que é chamado “o Santo e o Justo”, At 3.14. Ele refletiu em Sua
vida a perfeita santidade de Deus. Finalmente, a santidade de Deus é também
revelada na Igreja como o corpo de Cristo. É um fato notável, para o qual
muitas vezes se chama a atenção, que se atribui santidade a Deus com muito
maior frequência no Velho Testamento que no Novo, conquanto isto seja feito
ocasionalmente no Novo Testamento, Jo 17.11; 1 Pe 1.16; Ap 4.8; 6.10. Isto se
deve provavelmente ao fato de que o Novo Testamento destina mais
particularmente o termo para qualificar a terceira Pessoa da Trindade Santa
como Aquele cuja tarefa especial, na economia da redenção, consiste em
comunicar santidade ao Seu povo.
3. A
JUSTIÇA DE DEUS. Este
atributo relaciona-se estreitamente com o da santidade de Deus. Shedd fala da
justiça de Deus como “um modo de Sua santidade”, e Strong lhe chama
simplesmente “santidade transitiva”. Contudo, estes termos só se aplicam
à geralmente denominada justiça relativa de Deus, em distinção de Sua justiça
absoluta.
a. A ideia
fundamental de justiça. A ideia fundamental de justiça é a de estrito apego à lei. Entre os
homens ela pressupõe que há uma lei à qual eles devem ajustar-se. Às vezes se
diz que não podemos falar de justiça em Deus, porque não há lei à qual Ele
esteja sujeito. Mas, embora não haja lei acima de Deus, certamente há uma lei
na própria natureza de Deus, e esta constitui o mais elevado padrão possível,
pelo qual todas as outras leis são julgadas. Geralmente se faz distinção entre
a justiça absoluta de Deus e a relativa. Aquela é a retidão da natureza divina,
em virtude da qual Deus é infinitamente reto em Si mesmo, enquanto que esta é a
perfeição de Deus pela qual Ele se mantém contra toda violação da Sua santidade
e mostra, em tudo e por tudo, que Ele é Santo. É a esta retidão que o termo “justiça”
se aplica mais particularmente. A justiça se manifesta especialmente em dar a
cada homem o que lhe é devido, em tratá-lo de acordo com os seus merecimentos.
A inerente retidão de Deus é naturalmente básica para a retidão que Ele revela
no trato de Suas criaturas, mas é especialmente esta última, também denominada
justiça de Deus, que requer especial consideração aqui. Os termos hebraicos
para “justo” e “justiça” são tsaddik, tsedhek e tsedhakah, e os
termos gregos correspondentes são dikaios e dikaiosyne, todos os quais contêm a
ideia de conformidade a um padrão. Esta perfeição é repetidamente atribuída a
Deus na Escritura, Ed 9.15; Ne 9.8; Sl 119.137; 145.17; Jr 12.1; Lm 1.18, Dn
9.14; Jo 17.25; 2 Tm 4.8; 1 Jo 2.29; 3.7; Ap 16.5.
b.
Distinções aplicadas à justiça de Deus. Há em primeiro lugar uma justiça rectoral de Deus.
Esta justiça, como está implícita no nome, é a retidão que Deus manifesta como
o Governador que exerce domínio tanto sobre o bem como sobre o mal. Em virtude
de Sua justiça rectoral, Deus instituiu um governo moral no mundo, e impôs ao
homem uma lei justa, com promessas de recompensa ao obediente e ameaças de
punição ao transgressor. No Velho Testamento Deus sobressai pro eminentemente
como o Legislador de Israel, Is 33.11, e do povo em geral, Tg 4.12, e Suas leis
são justas, Dt 4.8. A Bíblia refere-se a esta obra rectoral de Deus também em
Sl 99.4 e Rm 1.32.
Estreitamente
relacionada com a justiça rectoral de Deus está a Sua justiça distributiva.
Este termo habitualmente serve para designar a retidão de Deus na execução da
lei, e se relaciona com a distribuição de recompensas e punições, Is 3.10, 11;
Rm 2.6; 1 Pe 1.17. É de duas classes:
(1) Justiça remunerativa, que se
manifesta na distribuição de recompensas a homens e anjos, Dt 7.9, 12, 13; 2 Cr
6.16; Sl 58.11; Mq 7.20; Mt 25.21, 34; Rm 2.7; Hb 11.26. É realmente uma
expressão do amor divino distribuindo a Sua generosidade, não com base em
méritos propriamente ditos, pois a criatura não pode dar prova de nenhum mérito
absoluto diante do Criador, mas segundo promessa e acordo, Lc 17.10; 1 Co 4.7.
As recompensas de Deus são fruto da sua graça e decorrem de uma relação pactual
estabelecida por ele.
(2) Justiça retributiva, que se
relaciona com a imposição de castigos. É uma expressão da ira divina. Enquanto
que num mundo isento de pecado não haveria lugar para a sua aplicação,
necessariamente tem proeminente lugar num mundo cheio de pecado. A Bíblia em
geral dá mais ênfase à recompensa dos justos que à punição dos ímpios; mas
mesmo esta é bastante proeminente, Rm 1.32; 12.19; 2 Ts 1.8, e muitas outras
passagens.
Deve-se
notar que, ao passo que o homem não merece a recompensa que recebe, merece a
punição que lhe é dada. A justiça divina está originária e necessariamente
obrigada a punir o mal, não porém a recompensar o bem, Lc 17.10; 1 Co 4.7; Jo
41.11. Muitos negam a estrita justiça punitiva de Deus e alegam que Deus pune o
pecador para reformá-lo, ou para dissuadir outros de pecar; mas estas posições
não são sustentáveis. O propósito primordial da punição do pecado é a
manutenção do direito e da justiça. É certo que ela pode, incidentalmente,
servir para reformar o pecador e impedir que outros pequem, e, secundariamente,
isso pode estar incluído em seus propósitos.
ATRIBUTOS
DE DEUS, QUE SÃO INCOMUNICÁVEIS
SIMPLICIDADE divina, na teologia é o atributo
segundo o qual Deus não é constituído de partes. O conceito de simplicidade
divina pode ser descrito da seguinte forma: o ser de Deus é idêntico aos seus
atributos. Em outras palavras, características como onipresença, bondade, amor,
eternidade, e outras, são idênticas ao ser divino e não qualidades que o
definem.
ONIPOTÊNCIA designa a propriedade de um ser
capaz de fazer tudo. É comum a utilização deste termo para designar o poder de
Deus, nas religiões judaica, cristã e muçulmana. Na mitologia grega era
atribuída aos deuses criadores (primordiais), junto da Onisciência e
Onipresença.
A
Onipotência é um dos atributos incomunicáveis do ser divino. Diz-se
incomunicável, pois se refere a um atributo constituinte da natureza mesma de
Deus, diferente dos chamados "atributos comunicáveis", tais como
amor, sabedoria, santidade, os quais podem ser comunicados e compartilhados
pelas suas criaturas.
A
onipotência de Deus é aquela perfeição divina pela qual Deus pode, pelo mero
exercício de sua vontade, realizar tudo quanto Ele resolve levar a efeito,
Salmos 115.3. A questão não é o que Deus pode fazer, mas o que Ele quer fazer.
Deus não
usa todo seu poder - Ele poderia fazer mais do que fez, se quisesse, ou fazer,
se quiser. Ele tem poder sobre seu próprio poder.
ONIPRESENÇA é a capacidade de estar em todos
os lugares ao mesmo tempo. Em teologia, a onipresença é um atributo divino
segundo o qual Deus está presente em todos os pontos da criação. Em conjunto à
simplicidade divina, pode-se dizer que Deus está totalmente presente em cada
ponto do universo.
“Deus é
ilimitado quanto ao espaço. Não tem tamanho nem dimensões espaciais e está
presente em cada ponto do espaço com todo o seu ser; ele, porém, age de modos
diversos em lugares diferentes.”
Deus está
presente em todo lugar – (Jer 23: 23-24; Sl. 139:7-8), com todo o seu Ser –
(Atos 17 :28).
Nele tudo subsiste – (Colossenses 1: 17)
Nele tudo subsiste – (Colossenses 1: 17)
Deus não
tem dimensões espaciais – ( 1 Reis 8:27; Isaías 66:1-2; Atos 7:48)
Deus pode
estar presente para: punir (Amós 9:1-4) ; sustentar (Col. 1:17); abençoar ( Sl
16:11; João 14:23)
ONISCIÊNCIA é a capacidade de saber tudo
infinitamente (ad infinitum), incluindo pensamentos, sentimentos, vida,
passado, presente, futuro, e todo universo, etc.
A
onisciência é um conceito vastamente aplicado nas artes, como na literatura e
em produções cinematográficas. Na maioria das religiões monoteístas esta
habilidade extraordinária é tipicamente atribuída a um único Deus supremo, onde
o conceito da onisciência se mantêm tradicionalmente como uma verdade absoluta
(i.e no cristianismo e no islamismo).
Deus
conhece todo o universo criado - matéria e espírito - na sua vastidão
inconcebível, complexidade, a minúcia de suas partes, a sutileza dos
pensamentos, a volição. Conhece tanto o possível como o real, existente, como
se lê na Bíblia Sagrada, Isaías 48.18; o futuro como o presente está na sua
presença, Salmos 139. 2-4, Salmos 147.3e4.
ASSEIDADE (do latim a se, "por si) ou
asseidade (forma não-preferível) é atributo divino essencial e fundamental, que
consiste precisamente em derivar sua existência de si mesmo, ou, identicamente,
existir por si próprio, sem qualquer nexo exigível ou necessário de causalidade
e efetividade, e vem a ser, na compreensão teológica, prerrogativa exclusiva de
Deus, em razão do que é um dos atributos incomunicáveis.
VIVACIDADE-
O Deus
bíblico se nos apresenta como Deus vivo. Dezenas de incidências do equivalente
à expressão ´´Deus vivo´´ ou ´´assim como Eu vivo´´ aparecem na
Bíblia, como mensagem direta de Deus ou por mensagem indireta de profetas ou
apóstolos.
MATERIALIDADE
- É consequência
da vivacidade.
INDEPENDÊNCIA - “Deus não precisa de nós nem
do restante da criação para nada; porém, tanto nós quanto o restante da criação
podemos glorificá-Lo e dar-lhe alegria.” (Atos 17.24-25; Jó 41.11; Salmo
50.10-11)
É
possível que Deus tenha criado os seres humanos porque se sentia só e precisava
da companhia de outras pessoas? Caso a resposta seja positiva, Deus
necessitaria criar pessoas para ser plenamente feliz ou realizado em sua
existência individual; o que contraria o ensino bíblico em João 17:5 e 24,
quando há uma indicação de um compartilhamento de glória entre Pai e Filho e
uma expressão evidente de amor e comunicação, antes mesmo da criação. Mas, se
Deus, por sua independência e suficiência própria, não precisa de nós para
nada, então qual a nossa importância afinal? E a criação para que serve? Em Seu
pleno exercício de liberdade, Deus determinou a nossa importância escolhendo
nos criar para glorificá-LO. (Is. 43:7; Efésios 1:11-12; Apoc. 4:11; Is
62:3-5). O espantoso em nossa existência é que, sem precisar de nós, Ele
escolheu deleitar-se conosco e nos permite dar alegria ao seu coração.
(Sofonias 3:17). Isso nos faz importantes do jeito mais sublime.
UNIDADE - "Deus não está dividido
em partes; porém, percebemos atributos diversos de Deus enfatizados em momentos
diferentes”. Embora as escrituras falem dos atributos de Deus, não destaca
um deles como mais importante que outros. Por exemplo: Deus é amor (1 João
4:8), Deus é luz (1 João 1:15). No entanto, não significa que parte de Deus é
amor e parte de Deus é luz, Ele é todo amor, todo luz.
IMUTABILIDADE
OU INALTERABILIDADE - “Deus
é imutável no seu ser, nas suas perfeições, nos seus propósitos e nas suas
promessas; porém, Deus age e sente emoções, e age e sente de modos diversos
diante de situações diferentes.”
1.
Evidências Bíblicas: (Salmo
102:25-25; Malaquias 3:6; Tiago1:17) Deus é anterior a todas as coisas e
existirá muito depois de todas elas, Ele faz mudar o universo mas, contrastando
com essa mudança, “Ele é o mesmo”. Ele é imutável, com respeito ao seu
“Ser” e com respeito às suas “perfeições”, ou seja, em seus
atributos e seu caráter ele é imutável (Números 23:19 cf. I Samuel 15:29).
2. A
Importância da Imutabilidade Divina: Se Deus não é imutável, então todo fundamento de
nossa fé começa a ruir e nosso entendimento do universo desmorona, porque nossa
fé, esperança e nosso conhecimento, dependem, em última análise de uma pessoa
infinitamente digna de confiança; pois é absoluta e eternamente imutável no seu
ser, nas suas perfeições, nos seus propósitos e nas suas promessas.
ETERNIDADE
OU INFINITUDE DIVINA -
“Deus não tem princípio nem fim nem sucessão de momentos no seu próprio ser, e
percebe todo tempo com igual realismo; ele, porém, percebemos acontecimentos no
tempo e age no tempo, ou seja: o tempo não impõe limites a Deus.”
O tempo
não muda para Deus; não tem efeito sobre seu ser, suas perfeições, seus
propósitos, suas promessas; não exerce influência sobre o conhecimento divino;
nada lhe acrescenta ou subtrai. Ele jamais aprende coisas novas ou esquece.
1. Deus é
Eterno no Seu Próprio Ser. (Sl. 90:2; Jó 36:26; Apoc 1:8 e 4:8)
Jesus
afirma sua eternidade em João 8:58 quando diz: “Antes que Abraão existisse, EU
SOU. Reafirmação esta do nome de Deus (Ex 3:14) “Eu Sou o que Sou” nome que
implica em contínua existência presente.
1
- Deus Percebe todo Tempo com Igual Realismo (Salmo 90:4 e II Pedro 3:8) - Sua
vivência não experimenta uma sucessão de momentos. É como se esse dia jamais
terminasse, mas estivesse sempre sendo vivido, logo Deus tem uma vivência
‘qualitativamente distinta’ do tempo em comparação conosco. (Isaías 46:9-10).
De algum modo Deus permanece acima do tempo e é capaz de vê-lo todo como
presente na sua consciência.
2 - Deus
Percebe os Acontecimentos no Tempo e Age no Tempo (Gálatas 4:4-5). No tempo
oportuno! Atos 17: 30-31 é uma descrição de uma ação anterior no seu modo de
agir, uma ação no presente e outra no futuro, tudo no tempo.
3 -
Sempre Existiremos no tempo – (Apocalipse 22:5) - Experimentaremos vida eterna
não como uma reprodução do atributo divino de eternidade, mas numa duração
infindável de tempo; vivenciaremos plenitude de alegria na presença de Deus
quando nossa vida com ele continuará para sempre.
É
importante concluir este estudo, destacando que,
- O ser divino não é uma
coleção de atributos reunidos.
- Os atributos não são
acréscimos ao seu verdadeiro ser.
- Cada um dos diferentes
atributos divinos é simplesmente uma forma de descrever um aspecto do
caráter ou ser total de Deus. Há uma unicidade, uma pessoa integral,
unificada, integrada e infinitamente perfeita em todos esses atributos.
Questões
para reflexão e aprofundamento:
1. Vimos que em sua independência,
Deus não precisa de nós para nada. Isso nos torna insignificantes? Por quê?
Como isso afeta sua vida?
2. Como considerar acerca da
imutabilidade do caráter divino pode transformar a minha vida cotidiana e o meu
relacionamento com Ele?
3. Reflita sobre a unidade do caráter
divino e então compartilhe como você percebe a bondade e a severidade (justiça)
de Deus? Romanos 11: 22-23
4. Como a consciência de que Deus
está presente em todo lugar (onipresença), e conhece todas as coisas
(onisciência), pode influenciar o seu modo de viver e de se relacionar com Ele
e com os outros? Salmo 139
Fontes
Referenciais:
Louis
Berkhof, Teologia Sistemática, Editora Cultura Cristã.
A Bíblia
Anotada
GRUDEN,
Wayne. Teologia Sistemática. Ed.Vida Nova.
Compilação
e edição do Pr. Ubirajara Quintino*